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Opinião, casamento gay.


Opinião, casamento gay.
"Contudo, o modelo familiar tradicional é importante para a sociedade, assim como o caule é importante para uma arvore."
Não sou contra o que duas ou mais pessoas decidam fazer com suas próprias vidas. Não discriminaria qualquer indivíduo pelo fato deste sentir atração por alguém do mesmo sexo biológico, não. Este não é o problema, alias, acho que nunca foi.

Evidentemente que o preconceito existe, evidentemente que a discriminação é uma parcela da realidade social dessas pessoas, evidentemente que nossa sociedade contem uma série de problemas sociais que devem ser analisados e resolvidos com certo grau de frequência.

Todavia, no meu entendimento o problema não é o casamento ou a união estável de pessoas do mesmo sexo, mas, a militância política e ideológica que se escondem por trás dessas pessoas.

Começarei minha crítica propondo uma breve analogia.

Não tenho o menor ressentimento contra pessoas que por uma opção pessoal decidiram deliberadamente deixar de se nutrir com proteína animal. Respeito inteiramente qualquer indivíduo que faça isso, mesmo não concordando com a prática.

Mas, quando o indivíduo o faz por algum comprometimento ideológico o que de fato muda?
Oras, quando a ideologia assume a prerrogativa central o indivíduo passa a interpretar a realidade limitado pelo rigor ideológico, sem respeitar ou até mesmo tolerar quem não concorda com sua prática. Chega-se ao ponto de criminalizar a prática contraria até que se torne hedionda em seu apogeu.
A ideologia limita, dogmatiza e escraviza a mente humana, que começa a pensar por uma linha de entendimento retilíneo e inexorável.
O convívio entre um onívoro e um vegano passa a ser insustentável, não porque o onívoro não o tolera, mas porque o vegano mais aficionado não consegue tolerar um estilo de vida contrário ao seu.

A militância gay, assim como os veganos, podem até se vangloriar de uma pauta aparentemente justa, mas sua essência é repleta de aspirações totalitárias. Como toda ideologia tanto importam os meios para alcançar o "bem" ao final do processo. O ideólogo sempre justifica fazer o que faz pelo suposto "bem geral", por isso, o populismo é uma característica vulgar entre eles.
Diferente de um conservador, que pensa na sociedade como um corpo doente, que precisa ser medicado com cautela, o ideólogo anseia inocular dosagens absurdas, que provavelmente matariam o paciente no decorrer do processo.
No mais, tendo expressado o perigo por trás da ideologia e seu pseudo comprometimento em nome de um "bem geral", gostaria de apontar que não sou contra o casamento gay, mas sou inteiramente a favor da heteronormatividade.
O modelo heterossexual não pode ser depredado e adulterado pela vontade alheia e racionalista de ideólogos desesperados em prover mudanças e engenharias sociais na sociedade, apenas porque estes pensam estar amparados pela "razão", guiados para promover o "bem maior" a tudo e todos.

O modelo heteronormativo foi o que a priori construiu as estruturas e os alicerces das sociedades, buscar um modelo alternativo, sob a pretensão descabida e racionalista do homem em seu anseio pela mudança desestabilizaria todas as bases das quais até hoje nós nos espelhamos.
Diferente da homofobia, a heteronormatividade, termo cunhado em 1991, por Michael Warner, procura explicar um fator bastante oportuno.
Desfigurar séculos, milênios de tradição e evolução biológica, baseados na construção empírica da família nuclear, não é apenas um grande erro, mas uma afronta contra a natureza humana.
Contudo, o modelo familiar tradicional é importante para a sociedade, assim como o caule é importante para uma arvore.
Tentar desestabilizar esse entendimento sobre o pretexto errôneo e iníquo de que a "família" retrata a opressão contra "minorias" , é apenas um subterfúgio ideológico de militâncias mimetizadas que utilizam seus seguidores como massa de manobra, cujo objetivo evidente é a busca pelo poder de influencia e não o bem estar da sociedade.

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